Por Leandro Rushel:"Todo ano, nesta época, é a mesma coisa: a militância de redação e a esquerda em geral denunciam um “golpe” que teria imposto uma ditadura no Brasil em 1964, perseguindo “opositores que lutavam pela democracia”.Isso é uma distorção descarada, o pilar do mito que sustenta a esquerda brasileira.Na verdade, o movimento de 1964 foi um contra-golpe, defendido abertamente por amplos setores da sociedade, que não desejavam a implementação de um regime comunista no Brasil. O próprio Congresso e o Supremo Tribunal da época referendaram o movimento.A esmagadora maioria dos mortos e perseguidos pelo regime militar era composta por guerrilheiros comunistas e seus colaboradores, que não “lutavam pela democracia”, mas sim para impor uma ditadura do proletariado ao estilo soviético. Esses grupos adotaram o terrorismo como forma de atuação, provocando mais de cem mortes, inclusive entre seus próprios integrantes, nos chamados “justiçamentos”.Se tais grupos comunistas tivessem alcançado seu intento, o Brasil teria se tornado um inferno totalitário, com níveis de repressão e violência ordens de grandeza superiores aos da ditadura militar brasileira."