"Ou você morre como um herói, ou vive o bastante para se tornar um vilão"
“Todos nós, algum dia, quisemos ser #heróis”, observou #freud [...] Os #mitos têm estreito parentesco com os sonhos e as fantasias. Todos são escritos com a linguagem das #emoções, ou do processo primário de pensar [...] Há, no entanto, uma diferença importante entre os mitos e os sonhos: os mitos realizam sonhos coletivos; os sonhos realizam mitos individuais. Quando os mitos #adoecem – e toda manifestação cultural pode adoecer – pervertem-se em #ideologias sectárias e #fanáticas. Quando os sonhos adoecem, transbordam em conteúdos da neurose obsessivo-com-pulsiva, na qual predomina a destrutividade, de modo semelhante ao que ocorre no fanatismo coletivo. Assim, o herói pode ser, ao mesmo tempo, manifestação do Bem e do Mal, como humanamente concebemos o ato amoroso de preservar por um lado e, pelo outro, o ato agressivo de destruir. Todo herói tem seu contra-herói.”. (P. 82)
Eksterman, Abram. “Interlúdios em Veneza: Os diálogos quase impossíveis entre Freud e Thomas Mann”.