Desde o início da pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que pacientes com condições crônicas pré-existentes, como diabetes e hipertensão, tiveram um quadro de infecção mais grave ao contrair a doença.
Além disso, idosos acima de 60 anos estariam também em grupo de risco e a mortalidade entre eles poderia chegar a 20%.
A última Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, de 2013, aponta que Santa Catarina possui mais de 1,1 milhão de adultos diagnosticados com hipertensão.
O volume representa cerca de 21,8% da população acima de 18 anos do Estado.
O percentual está acima da média nacional, de 21,4% – que corresponde a 31,3 milhões de hipertensos no país. No quesito diabetes, Santa Catarina está abaixo da média. Possui 280 mil adultos diagnosticadas com a doença, cerca de 5,5% da população.No país, são 9,1 milhões – cerca de 6,2% do total.
Segundo o Atlas do Diabetes, a estimativa é de o Brasil possui, na verdade, 16,8 milhões de diabéticos. Ou seja, o longo tempo da coleta dos dados pode esconder uma situação ainda mais preocupante.
O número de obesos também é maior do que em outros estados. Segundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) da Secretaria de Saúde, o Estado tinha 29,5% de adultos obesos em 2018.
Em crianças entre 5 e 10 anos, o percentual é de 15%. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 55,7% da população adulta tem sobrepeso e a obesidade atinge 19,8%. As três comorbidades podem ser relacionadas à falta de hábitos saudáveis. “A má alimentação é um dos principais fatores de risco relacionados à carga global de doenças no mundo.
No Brasil, em 2015, ela foi o fator de risco que mais contribuiu para os anos de vida perdidos sendo superior, inclusive, ao uso de álcool, drogas, tabagismo e inatividade física.
Ainda, a alimentação inadequada foi o principal fator de risco para as mortes em 2017”, disse a Secretaria da Saúde em nota.
Segundo a pasta, “o cenário aponta fortemente a problemática do excesso de peso como a condição mais prevalente em todas as faixas etárias e apresenta a alimentação inadequada como um de seus principais fatores de risco”.
O Estado registra, pelos dados do SUS, consumo de bebidas adoçadas por adolescentes também acima da média – 73% contra 66% do país.
Além disso, o consumo de hambúrguer e/ou embutido entre os adolescentes também é mais alto: 62% contra 45%, assim como consumo de biscoito recheado, doces ou guloseimas: 63% contra 55% da média.
“Embora ainda existam poucas evidências científicas a respeito desta relação, sabemos que hábitos saudáveis, como o consumo de alimentos saudáveis, a ingestão de quantidade de água adequada e exercício físico, auxiliam para o fortalecimento do sistema imune”, acrescentou a Secretaria. Além das doenças crônicas, o número de idosos também é alto.
O Estado possui, segundo o IBGE, mais de 1,1 milhão de pessoas acima de 60 anos, segundo a PNAD 2020. Isso corresponde a 16,3% da população total de Santa Catarina.
No país, são 33,9 milhões, ou 16,2% da população total.
Grupos de risco em SC:
Hipertensão Santa Catarina: 1,1 milhão de adultos (21,8%)
Brasil: 31,3 milhões de adultos (21,4%) Diabetes
Santa Catarina: 280 mil de adultos (5,5%)
Brasil: 9,1 milhões de adultos (6,2%)
Obesos Santa Catarina: 29,5% dos adultos
Brasil: 19,8% dos adultos Idosos Santa Catarina: 1,1 milhão (16,3% da população total) Brasil: 33,9 milhões (16,2% da população total)