Após a Operação Amazônia 2020, realizada no mês de setembro, em que o Brasil realizou manobras inéditas com mais de 3.300 soldados, Caracas desdobrou tropas no estado sem esclarecer o motivo da presença RUSSA na região.
Com a movimentação militar Russa, a população de Roraima entrou em estado de alerta com a presença de militares russos na fronteira com o Brasil, próximo ao município de Pacaraima (RR).
De acordo com as informações, representantes do governo russo estariam treinando soldados das forças armadas venezuelanas.
A informação foi confirmada pelo ex-prefeito de Gran Sabana (VEN), Ricardo Delgado, atual assessor da Embaixada da Venezuela em Roraima e representante do governo de Juan Guiadó.
De acordo com Ricardo Delgado, as atividades militares tem o objetivo de intimidar a atuação dos representantes de Guiadó na fronteira, que atuam em auxílio aos venezuelanos em busca de refúgio. Segundo ele, no dia 01 de outubro os representantes de Juan Guiadó abriram um espaço consular para fazer atendimento aos venezuelanos que necessitam de documentação, como carteira nacional de habilitação (CNH), certidão de nascimento e de casamento.
“O consulado de Boa Vista estava nas mãos do regime de Maduro, mas eles saíram. Eles deixaram de receber dinheiro. Só nos primeiros dois dias nós recebemos 60 pessoas, então, o regime deixou de receber. Isso incomodou tanto que o chanceler do Maduro disse que estávamos fazendo ‘falsificação de documentos’ no Brasil”, declara.
O comunicado foi emitido no dia 04 de outubro pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, do governo de Nicolás Maduro. No documento, Arreaza diz que atividade consulares no Brasil são fraudulentas e que as certidões emitidas serão consideradas nulas e inválidas.
De acordo com representante de Guiadó, a vinda de um poderio militar na fronteira também coincidiu com uma manifestação marcada para o dia 12 de outubro, pelo dia da Resistência Indígena, comemorado na América Latina.
“A gente programou um evento especial e no mesmo período o regime trouxe centenas de paraquedistas e da inteligência militar. A gente não sabe a quantidade de pessoas que estão na quadra militar em Santa Elena de Uairén, mas com certeza sabemos que tem”, informou Delgado. “A gente suspeita que sejam treinadores dos militares da força armada da Venezuela”, completou.
O ex-prefeito de Gran Sabana disse que as representações de Guiadó já entraram em contato com as organizações de direitos humanos internacionais e vão permanecer acompanhando a situação.
Um brasileiro que mora em Santa Elena de Uairén, cidade venezuelana que faz fronteira com Pacaraima, em Roraima, também confirmou que há militares russos na Venezuela.
“Eu trabalho em Santa Elena, fiquei sabendo que o governo de Nicolas Maduro paga 3 mil dólares para esses militares e que os militares venezuelanos ganham 30 dólares ao mês. Não sabemos porquê tem esses militares vindos da Rússia. A situação aqui está bastante complicada, pois é perceptível a preocupação dos moradores. O conflito armado parece que está cada vez mais perto”, ressaltou.
Em outro momento, as autoridades Venezuelanas teriam informado a população local “que os brasileiros violaram o território venezuelano e com ele a soberania” da Venezuela, o que teria motivado o envio de tropas para a zona, com os soldados russos e venezuelanos a realizarem constantes exercícios militares.
“Os oficiais das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas [da Venezuela] têm dito aos seus subordinados que a [recente] visita do Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ao estado [brasileiro] de Roraima, teve como objetivo principal derrubar Nicolás Maduro [Presidente da Venezuela] e por esta razão foram tomadas medidas de proteção territorial, o que justifica a presença de militares russos”
Sandra Santos 3 yrs
Nem Tentem, Vão Levar Um Pau Daqueles!!