O presidente Getulio Vargas de início a corrida nuclear brasileira quando aprovou a implementação do programa atômico brasileiro.
No fim do ano de 1953, o presidente Vargas aprovava as propostas do presidente do CNPq, Álvaro Alberto da Motta e Silva, para dotar o Brasil de conhecimentos, tecnologias, equipamentos e materiais úteis para o domínio da energia nuclear.
Hoje o país conta com um setor nuclear industrialmente avançado e faz parte de um restrito grupo de potências com a capacidade de gerar energia nuclear. O Brasil possui a sétima reserva de urânio do mundo, é rico em minerais atômicos, tem duas usinas ativas e uma terceira em construção, e já domina o ciclo completo de produção do combustível para alimentar os reatores nacionais úteis para fins energéticos, médicos e para a propulsão naval.
A previsão é que em 2034, já estará no mar brasileiro o primeiro submarino a propulsão nuclear cujas tecnologias mais relevantes serão produto da indústria e de centros de pesquisa nacionais.
A energia nuclear tem sido para seus usos pacíficos ou militares um elemento crucial na história recente. A energia do átomo criou importantes expectativas em relação às grandes potencialidades para o uso industrial, mas paralelamente grandes temores pela força destrutiva marcada pela devastação das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki e pela criação de enormes arsenais de armamentos nucleares principalmente nos Estados Unidos e na União Soviética.
O Brasil, desde as origens da chamada era nuclear, manifestou interesse em dominar essa forma de energia útil para o próprio desenvolvimento econômico e industrial. Foi em 1945, quando fornecedor de minérios atômicos para o Projeto Manhattan, que começou no país o debate sobre a possibilidade de utilizar e preservar os próprios recursos naturais para produzir energia atômica. E é naquele momento que podemos marcar o começo da trajetória histórica do programa nuclear brasileiro. Foi o início de uma intrigante história que viu o Brasil, entre altos e baixos, procurar o pleno domínio da energia nuclear. Interligando-se estreitamente ao contexto internacional, cientistas, técnicos, empreendedores, políticos e militares incentivaram o estabelecimento no Brasil de um programa atômico para diversas finalidades.
O governo atual do presidente Jair Bolsonaro, pretende retomar a mineração de urânio em território nacional como estratégia para ampliar o programa nuclear brasileiro.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou que esse não é apenas um desejo do governo, mas uma decisão política que será adotada. A expectativa é iniciar os trabalhos na mina do Engenho, em Caetité, na Bahia, até o fim deste ano.
A exploração será feita unicamente pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), mas a ideia do governo, diante das restrições do Orçamento para realizar investimentos, é firmar parcerias com a iniciativa privada para explorar o potencial de urânio em território nacional.
Com apenas um terço do território prospectado, o Brasil tem hoje a sétima maior reserva geológica de urânio do mundo - atrás de Austrália, Casaquistão, Canadá, Rússia, África do Sul e Nigéria. O urânio é matéria-prima para o combustível utilizado em usinas nucleares, e sua exploração é monopólio constitucional da União. Hoje, apenas a estatal INB pode atuar na área.
O presidente Jair Bolsonaro visitou hoje nesta quarta (21) as instalações do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene), do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em Iperó, no interior paulista, onde é desenvolvido o Programa Nuclear da Marinha. A unidade celebra nesta quarta-feira o início da montagem do reator na planta que será replicada na construção do submarino Álvaro Alberto, o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
O Brasil três usindas nucleares, sendo a terceira em fase de execução.
Angra 1:
A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985 e opera com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, Angra 1 gera energia suficiente para suprir uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Porto Alegre ou São Luís.
Angra 2:
A segunda usina nuclear brasileira começou a operar comercialmente em 2001. Com potência de 1.350 megawatts, Angra 2 é capaz de atender ao consumo de uma cidade de 2 milhões de habitantes, como Belo Horizonte.
Angra 3:
Será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Quando entrar em operação comercial, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro.
Angra 3 é irmã gêmea de Angra 2. Ambas contam com tecnologia alemã Siemens/KWU (hoje, Areva ANP). As etapas de construção da Unidade incluem as obras civis, a montagem eletromecânica, o comissionamento de equipamentos e sistemas e os testes operacionais.
Obras avançadas
Até o momento foram executadas cerca 67,1% das obras civis da Usina. O progresso físico global do empreendimento, considerando todas as outras disciplinas envolvidas, é de 58,4%. Até setembro de 2015 já foram alocados ao empreendimento cerca de R$ 5,3 bilhões de um total de R$ 14,8 bilhões (base de junho de 2014), de custos diretos, que serão investidos, sendo que aproximadamente 75% desse valor serão investidos dentro do país.
Os recursos para a construção de Angra 3 estão sendo obtidos, principalmente, por meio de empréstimos tomados pela Eletrobras, controladora da Eletronuclear. Os equipamentos e serviços contratados no mercado nacional estão sendo custeados por meio de financiamento do BNDES.
Já o financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos importados e a contratação de serviços externos está sendo feito mediante contrato com a Caixa Econômica Federal.
Projeto e Construção do Submarino Nuclear
O Projeto do primeiro Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) teve início em julho de 2012, no Escritório Técnico de Projeto da COGESN, localizado no complexo do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).
O Projeto do SN-BR é desenvolvido por uma equipe de engenheiros altamente qualificada, denominada de Corpo Técnico de Projeto do SN-BR (CTP), atualmente formada por cerca de 200 integrantes da MB.
Ressalta-se que desde 2010, cerca de 80 engenheiros da Marinha do Brasil (MB) realizaram cursos e treinamentos ministrados pela Empresa DCNS, na França e no Brasil, fruto do Contrato de Transferência de Tecnologia firmado no âmbito do PROSUB. Atualmente estes profissionais replicam para outros integrantes da MB, os ensinamentos obtidos, ao mesmo tempo que realizam o Projeto do SN-BR.
A primeira etapa do Processo de Projeto do SN-BR, denominada de Fase A (Concepção e Estudos de Exequibilidade), teve início em julho de 2012 e foi encerrada em julho de 2013. A segunda etapa do Projeto, chamada de Fase B e que correspondente ao Projeto Preliminar, teve início em agosto de 2013 e foi encerrada em janeiro de 2017, com sucesso. A conclusão desta Fase permitirá a elaboração dos contratos definitivos de aquisição do Pacote de Materiais e da Construção do SN-BR. Possibilitará também que se chegue ao custo global para a obtenção do SN-BR e propiciará as condições técnicas para o desenvolvimento da Fase C, Projeto de Detalhamento, que será iniciada um ano antes da Fase D (construção propriamente dita).
A construção do SN-BR teve início em 2020, devendo estar concluída no final de 2029, quando o Submarino passará por testes e provas de cais e de mar, para, posteriormente, ser transferido para o Setor Operativo da MB, Comando de Operações Navais, passando a integrar o núcleo do poder combatente da Força Naval Brasileira (Esquadra).
O primeiro SN-BR receberá o nome de "Álvaro Alberto", em homenagem ao Almirante brasileiro que deu início ao desenvolvimento da ciência nuclear em curso no nosso País e foi o fundador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Com tecnologia francesa, a mais moderna neste mercado, 100 metros e deslocamento de 6 mil toneladas, o SN-BR será o primeiro submarino de propulsão nuclear da história do Brasil, bem como, o primeiro a ser construído no Hemisfério Sul.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que detêm um projeto para a construção de um submarino nuclear voltado exclusivamente para a caça de outros submarinos, que não carregará mísseis balísticos.
O projeto faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha (PROSUB) e será inteiramente brasileiro, alçando o Brasil ao seleto grupo de países construtores deste tipo de embarcação militar, hoje, ocupado por apenas 6 países: França, Estados Unidos, Rússia, China, Índia e Inglaterra.
De acordo com a Marinha, o momento em que o projeto se encontra é que nas próximas etapas do programa, o reator, os turbogeradores, o motor elétrico e outros sistemas similares aos de um submarino com propulsão nuclear serão testados de forma controlada no Labgene, com objetivo de validar, de forma segura, a operação do reator e dos outros sistemas, antes da instalação a bordo do Álvaro Alberto.
Camila Patriota
aratan 4 yrs
Pessoal, ANALISE e VOTE SIM e apoie a "Soberania Nacional" :
1)até 21jan2021, votem sim, à apreciação pelo senado do "Rompimento ao Tratado de não proliferação de armar nucleares" TNP inútil ao Brasil e assinado por Exmo. fhc ;
2) SUG 31 de 2020, do senado, e apoie o aumento do poder de dissuasão militar brasileiro, apoiando a "bomba atômica brasileira", levando o respeito internacional ao Brasil a níveis outros patamares !
Vamos lá Patriotas, participem !!!