O número de casos do novo coronavírus em Santa Catarina aumentou para 21, segundo o governo do estado.
No início da noite desta quinta-feira (19), foram anunciadas mais medidas de restrição no estado, que já decretou situação de emergência:
a proibição de permanência de pessoas em espaços públicos como praças, parques e praias, e da entrada e circulação de ônibus de passageiros interestaduais e internacionais.
No Brasil, são 621 casos confirmados de Covid-19 e sete mortes. O número de diagnósticos de Covid-19 triplicou em três dias.
A maior parte está em Florianópolis. Entre eles estão o de uma mulher grávida, de 34 anos, que esteve em São Paulo, o de um homem estrangeiro de 50 anos que estava em férias na capital catarinense, e o de uma mulher de 44 anos que fez viagem para Fortaleza (CE).
Um dos pacientes diagnosticados na capital está internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os casos da doença são nas seguintes cidades:
Florianópolis - 6 casos;
Balneário Camboriú - 4 casos;
Braço do Norte - 3 casos;
Rancho Queimado - 3 casos;
Joinville - 2 casos;
Tubarão - 2 casos;
São José - 1 caso.
A confirmação mais recente foi de mais um paciente em Braço do Norte, no Sul do estado.
Além disso, o estado investiga outros 273 casos em todas as regiões do estado. Os números atualizados e a edição de um novo decreto de emergência, modificando o anterior, foram divulgados durante coletiva online dada pelo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e o secretário de estado da Saúde, Helton Zeferino.
O estado está em situação de transmissão comunitária, quando não é possível saber a origem do contágio. “Se a gente fizer contas, a gente vai perceber que a evolução dessa doença, da infecção por vírus, é muito rápida.
Praticamente triplicamos os casos notificados. E a gente imagina que os não notificados ou que a gente não tenha registros, possa ser maior.
Sem contar as pessoas que não sabem que são portadoras", disse Moisés. Zeferino disse que começam a ser feitas, a partir desta quinta, a coleta de amostras aleatórias de pessoas que tenham ou não sintomas, como forma de monitorar a transmissão silenciosa do vírus. "Até para que possamos ter aferição, essa amostra passa a ser mais fidedigna", explicou. "A recomendação é de isolamento domiciliar voluntário", declarou.
O secretário afirmou que há leitos reservados para o tratamento da Covid-19 em hospitais próprios e filantrópicos e planejamento de compra de leitos na rede privada.
Ele reforçou as orientações de prevenção à doença: lavar as mãos com frequência.
Se não houve como fazer isso, usar álcool gel; ficar em casa; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos e toalhas; não colocar crianças em contato com idosos; empresas devem fazer a adequação, inclusive home office, para evitar concentração de pessoas no trabalho.