A testagem para coronavírus de todos os moradores de Balneário Camboriú, anunciada pelo prefeito Fabrício Oliveira uma semana atrás, não vai acontecer; se os exames forem realmente adquiridos, serão usados neste momento para testar profissionais de saúde, de segurança e pacientes sintomáticos.
O fato foi apurado pela reportagem nesta quinta-feira (2) junto a profissionais de saúde do município envolvidos nos esforços de contenção da doença.
"A doença é recente, tem três meses, está todo mundo aprendendo sobre ela e o ideal seria testar toda a população, como os Estados Unidos pretendem fazer” disse um dos médicos envolvidos no assunto.
Na quarta-feira (1) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse que “os testes rápidos devem ser feitos somente após o sétimo dia do início dos sintomas.
Ele serve apenas para marcar se a pessoa tem ou não o anticorpo que combate o vírus. Vai mostrar se você já teve no passado, e nesse caso está imune, ou se tem o vírus no período latente da doença”.
O governo federal afirma que os testes rápidos são indicados apenas para os profissionais dos serviços de saúde e da segurança, portanto os kits não devem ser usados para testar toda a população.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso desse tipo de teste para toda a população.
O governo federal foi explícito em relação aos kits chineses: resultados negativos não excluem a infecção e resultados positivos não podem ser usados como evidência absoluta da doença.
A prefeitura de Balneário Camboriú aguarda autorização da Anvisa para importar esses kits.