Santa Catarina subiu dez posições no levantamento semanal feito pela organização Open Knowledge Brasil, sobre a transparência dos estados na divulgação de dados sobre a pandemia do novo coronavírus.
Do 18º lugar no ranking, SC passou para o 8º - com a mudança, saiu da zona "opaca" de transparência para o índice médio de clareza de informações.
Desde a primeira rodada de avaliações, no dia 3 de abril, Santa Catarina subiu 35 pontos na avaliação da Open Knowledge Brasil - o que indica melhoria no sistema de divulgação.
A pesquisa informa que considerou iniciativas como a criação de um painel de visualização de dados no site oficial do Governo do Estado e a publicação de boletins epidemiológicos mais detalhados.
Na última semana o Estado passou a divulgar um novo formato de boletim epidemiológico, em que aparecem o número de casos, óbitos, cidades mais atingidas, testes realizados e dados por região.
As atualizações são feitas diariamente, às 19h. Uma página de transparência desenvolvida pela Controladoria Geral do Estado passou a detalhar dados e documentos sobre contratações e aquisições realizadas pelo governo para prevenção e enfrentamento da pandemia.
A expectativa do governo é que o índice de transparência seja melhor avaliado com a introdução de novas ferramentas de divulgação nos próximos dias.
O governador Carlos Moisés disse que o Estado está seguindo as orientações da Open Knowledge para melhorar a transparência.
A melhora no índice, no entanto, não significa que SC divulgue todas as informações necessárias sobre o status da pandemia no Estado, de acordo com o levantamento.
A instituição considera que apenas os estados que alcançaram nível bom ou alto de transparência apresentam informações suficientes.
O método de avaliação do instituto leva em conta as informações que cada Estado deixa disponíveis aos cidadãos em seus portais – não considera, por exemplo, as redes sociais.
Entre os itens de transparência avaliados estão informações sobre a quantidade de testes disponíveis e aplicados, detalhes sobre a ocupação de leitos, e status de atendimento dos casos suspeitos ou confirmados de covid-19.
A avaliação da Open Knowledge na última semana indica como principal gargalo no país a divulgação da ocupação de leitos.
Segundo o instituto, 78% dos estados brasileiros não informam o suficiente nesse quesito.
Apenas os estados do Piauí e Ceará divulgam a taxa de ocupação de leitos clínicos e de UTI em suas redes oficiais.
Maranhão, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul informam a quantidade de internações em leitos exclusivos para pacientes com covid-19.
Os demais estados não prestam informações suficientes a respeito.